sexta-feira, 8 de agosto de 2025

O PALADINO CAIU DO CAVALO: AMÉRICO DE SOUSA É APONTADO COMO FUNCIONÁRIO FANTASMA NA ESCOLA COELHO NETO

Quando a máscara cai, o rosto da hipocrisia aparece.

Há quem governe com a bíblia na mão e o dedo em riste, apontando pecados alheios enquanto esconde o diabo no bolso. É exatamente esse o retrato que hoje se desenha de Américo de Sousa, ex-prefeito de Coelho Neto, agora envolvido em um escândalo que fede a conivência, privilégio e — pior — hipocrisia institucionalizada.

Sim, o mesmo homem que se autoproclamava “o paladino da justiça”, o defensor da moral, o juiz moral dos outros, o caçador de “maus costumes”, agora está lotado em uma escola pública com gratificação de 25% — e, segundo todos os testemunhos, nem sequer pôs os pés na sala de aula.

É isso mesmo: Américo de Sousa pode estar recebendo dinheiro do povo sem dar uma única aula.

A Gratificação que Nasceu no Escuro

No dia 29 de julho de 2025, o Diário Oficial do Estado do Maranhão publicou uma portaria que, à primeira vista, parece técnica. Mas, para quem conhece o cenário político de Coelho Neto, é uma bomba relógio.



A Portaria nº 11 de 02 de janeiro de 2025, assinada pela então Secretária Interina de Educação, concedeu gratificação de 25% a servidores da Carreira de Docência que atuam em unidades de ensino em regime integral. Entre os contemplados com essa gratificação está Américo de Sousa, lotado como Professor III na Escola Estadual Coelho Neto.

Essa informação consta oficialmente no Diário Oficial do Estado – disponível no site da Secretaria de Estado da Educação (Seduc-MA). O documento é público, acessível e incontestável.
Só que há um detalhe incômodo: ninguém viu Américo dar aula. Ninguém o viu na escola. Nenhum aluno, nenhum professor, nenhum funcionário.

Enquanto os Professores se Matam, o Ex-Prefeito se Acomoda.

É um tapa na cara da educação pública. É um desrespeito com os verdadeiros educadores. É um roubo simbólico, mas profundamente real, do esforço de quem trabalha de verdade.

O Homem que Condenava os Outros… Agora é o Réu

Américo de Sousa nunca teve medo de apontar o dedo. Em seus tempos de mandato, fez campanha contra “desvios”, “nepotismo” e “servidores fantasmas”. Chegou a usar o púlpito político para denunciar adversários por supostas irregularidades. Agora, os papéis se inverteram.

O caçador virou caça. O juiz virou réu. O paladino caiu do cavalo — e caiu feio.

Silêncio na Escola, Barulho na Cidade

Na Escola Estadual Coelho Neto, o nome de Américo de Souza circula nos corredores — mas não na chamada, e sim nos cochichos. Professores afirmam que nunca o viram.

O povo de Coelho Neto merece respostas. E elas precisam vir rápido:

1. Américo de Souza já deu alguma aula?
2. Há registro de frequência?
Se não houver justificativa plausível, a nomeação deve ser cassada, os valores devolvidos ao erário.

Américo de Souza pregava moral. Agora, ele precisa prestar contas.  
Pregava justiça. Agora, é ele quem precisa dela — a justiça dos fatos, dos documentos, da verdade.

O povo não se engana mais. A era dos heróis de fachada acabou. Quem vive de imagem, cai com a imagem.

E quando a hipocrisia bate à porta, o jornalismo sério bate mais forte.

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