Em uma reunião tensa da Executiva estadual do PT na última sexta-feira (13), Francimar Melo foi afastado do comando da legenda e teve sua candidatura à reeleição impugnada por 10 votos a 5, com uma abstenção. A decisão, que já causa repercussão interna, pode acirrar ainda mais as divisões no partido às vésperas das eleições internas, marcadas para o início de julho.
A disputa interna e as acusações de "tapetão"
Francimar Melo e seus aliados reagiram com duras críticas à decisão. Em nota, classificaram o recurso usado pelo grupo adversário como “falso”e acusaram a oposição interna de tentar “tirar no tapetão o que sabem que não vão ganhar nas urnas”.
Do outro lado, os críticos de Francimar argumentam que o afastamento segue regras partidárias e que a medida foi necessária para garantir uma disputa justa. A polarização revela um PT dividido entre duas correntes: uma que defende a continuidade da atual gestão e outra que busca renovação na liderança estadual.
Próximos passos: recurso à Executiva nacional e possível judicialização.
Francimar já anunciou que recorrerá à Executiva nacional do PT para reverter a decisão. Se o recurso não for aceito, a tendência é que o caso vá parar na Justiça, prolongando a crise interna e deixando o partido em um cenário de instabilidade às vésperas das eleições.
O desfecho dessa crise pode definir não apenas quem comandará o PT localmente, mas também qual estratégia o partido adotará nas próximas eleições majoritárias.
O resultado dessa crise será um termômetro importante para medir se o PT consegue equilibrar suas diferentes correntes ou se seguirá fragmentado, repetindo conflitos que, no passado, já custaram caro em termos eleitorais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário